domingo, 2 de dezembro de 2007

UM DIA EM MAFRA

Decorreu, no passado dia 17 de Novembro, um assinalável colóquio sobre os 25 anos da 1ª edição do Memorial do Convento.
Apesar de não termos contado com a presença de José Saramago, foi um dia repleto de iniciativas que nos fizerem ter muito orgulho da nossa história e da pertinaz vontade de alguns portugueses. A memória evocada pelo magnífico espaço e pelas referências re-criativas da Literatura, sem esquecer os deliciosos "Fradinhos" (hum!... que bolinhos bons!!), deixaram-nos muito satisfeitos e à espera de mais encontros como este.
Apetece-me partilhar convosco as fotos que tirei durante a visita guiada,.... espero que gostem.
Dulce Gomes

quarta-feira, 14 de novembro de 2007

Encontro com a escritora Luísa Ducla Soares

Recebemos na nossa Escola a autora Luísa Ducla Soares, que veio encontrar-se com uma pequena comunidade de leitores do 7º ano no passado dia 12. O tema, além da sua vida e obra (em exposição na biblioteca), foi «Viagens Fantásticas». Esta escritora é actualmente famosa entre nós pela profunda humanidade e originalidade das suas histórias e pela sensibilidade da sua poesia. Muito versátil, abarca todos os temas e épocas, desde a visão do nosso glorioso D. Afonso Henriques como criatura de carne e osso igual a qualquer um de nós, até à nossa obsessão pelos hipermercados, onde é fácil encontrar milhares de produtos, mas não, por exemplo, um amigo verdadeiro. Pois é. Os escritores vêm à nossa escola, para nos ajudar a reflectir sobre os nossos problemas, falar da sua obra e, acima de tudo, partilhar connosco o imenso fascínio da escrita e da leitura. Contamos com outras ‘visitas’, que por enquanto são surpresa, já para o próximo período. Desta vez o tema será «O Brasil e o Mundo». Contamos convosco, amiguinhos!

sexta-feira, 26 de outubro de 2007

Dia Internacional das Bibliotecas Escolares- 22 Outubro



Maria Helena Vieira da Silva, Biblioteca, 1949


O que saberei, o que não saberei nunca,
está na Biblioteca em verde murmúrio
de flauta-percalina eternamente.

Carlos Drummond de Andrade


Textos produzidos pelos alunos do 7ºF, após terem observado a gravura "Biblioteca" de Vieira da Silva

A biblioteca é um sítio inspirador, onde podemos alargar o nosso conhecimento e dar asas à nossa imaginação. É um local encantador que faz lembrar os velhos sábios rodeados pelas belíssimas e inimagináveis histórias que têm tanto para contar.
Uma biblioteca pode ser: fantástica, mágica, pura, silenciosa, catita, mas por vezes secante, desconhecida, enorme, linda, muito incrível...
Enfim... a biblioteca pode ser um espaço de sonho!

Autores:Beatriz, Erika, Sofia e Rui

A biblioteca de Vieira da Silva é colorida, lindíssima, confusa, muito desorganizada, enormíssima, geométrica, silenciosa, obscura, sinistra, divertida, vistosa...

Catarina e Filipa

A biblioteca de Vieira da Silva é grandiosa, bonita, espantosa, colorida, brilhante, com muitos livros, geométrica, única, inovadora, poderosa, valiosa, cultural, vazia, cheia, antiga, diferente, estranha, desajeitada, irresistível, luminosa...

Pedro e Margarida

Na biblioteca, os livros são objectos fascinantes, mais do que os computadores.
Uns são românticos, engraçados, amarelos, vermelhos, de todas as cores possíveis, grandes e pequenos, muito interessantes, têm muitas maravilhas que podemos sentir ao lê-los se olharmos com olhos de ver!

Ariana, Mariana, Rita

INÍCIO DO ANO LECTIVO 2007/08

Dia 17 de Setembro de 2007 a Escola abriu portas para mais um ano de actividade.
Depois de um primeiro encontro com os estudantes, os directores de turma dos 7ºs anos vieram com os seus alunos à biblioteca para uma breve apresentação.

Pouco tempo depois, já alguns jovens das turmas D, E e F de 7ºAno, na área de Estudo Acompanhado, escreviam as suas primeiras impressões na escola:

«No primeiro dia em que entrei na escola achei tudo muito estranho, porque vi muitos adolescentes à porta e tive um bocado de vergonha de estar ao pé deles, mas já me comecei a habituar. Do que eu gosto mais nesta escola é da Biblioteca e do Bar. O que mais me desagrada é que eu nunca consigo encontrar as salas onde vamos ter aulas. Também gosto muito da cantina e ouvi dizer que fazem comida muito boa.»

«(…) No dia da apresentação, quando cheguei à escola, vi que era grande e que me ia dar bem. (…) Vi imensas pessoas, principalmente raparigas giras. Fiquei com boas impressões.»


«(…) sinto que volto a ser pequenino, pois sou dos mais novos. Reparo, também, que sinto um certo nervosismo, pois os próximos seis anos de escolaridade vão ser passados aqui. Mas adorei entrar na escola e estou a gostar muito de cá andar!»


«
(…) Tenho muito orgulho em frequentar esta escola.»

«No princípio fiquei pasmado de olhar tão grande edifício e pensei como me podia orientar dentro do mesmo. Achei que o interior era um pouco escuro mas, com facilidade, me consegui orientar (isto é, depois de, inicialmente, me perder ‘uma data’ de vezes). A minha turma logo de início pareceu-me simpática e alegre, embora todos estivessem com o habitual ‘nervoso miudinho’. Os professores foram extremamente simpáticos e os funcionários também. Estou a gostar muito de cá estar!»

«Apesar das saudades do ambiente da minha anterior escola (e não são poucas), tenho de admitir que acho que estar na Secundária de Bocage é uma boa experiência… Conviver com novas pessoas, partilhar novas experiências, aprender com aqueles que nos possam dar boas influências, etc., tudo isto pode encontrar-se nesta escola (pelo que já pude observar). É bom sentires o conforto de uma escola onde passas parte do teu dia, em que és bem recebido e tratado. Falando do ensino… O nível de exigência da escola é o melhor e por isso irei aprender muito. Espero crescer com orgulho da escola onde viverei ao longo deste extenso percurso de aprendizagem.»

«Quando cá cheguei pela primeira vez, estava assustadíssima, porque eu era nova e a escola era enorme. Estava cheia de gente e eu sentia-me a tremer!!! A minha primeira impressão foi a de que havia gente enorme e eu sentia-me uma formiguinha. (…) Mas agora que estou cá há algum tempo, sinto-me muito melhor, sinto-me mais enquadrada. Agora adoro a nova escola, até já dou com as salas…»

quarta-feira, 11 de julho de 2007

CERTIFICADOS DE MÉRITO



No auditório José Saramago, dia 11 de Julho, realizou-se uma pequena cerimónia de entrega dos Certificados de Mérito aos alunos do Ensino Básico, presidida pela presidente do Conselho Executivo.
Fica aqui um registo desse momento.
Estão de parabéns os alunos distinguidos.

sexta-feira, 22 de junho de 2007

Desperta Sábios- Resultados Finais



Parabéns aos vencedores!

1º Manuel Reis- 9ºE
2º Ana Rita Piteira- 8ºE
3º Ricardo Campos- 9ºE

terça-feira, 12 de junho de 2007

DIÁLOGO ENTRE FOTOGRAFIAS E UMA OBRA DE ARTE





Numa 1ª fase, os alunos fotografaram sentimentos vividos na Escola; depois com os materiais produzidos estabeleceram também diálogos com obras de arte e ainda com outras fotografias.
Aqui vê-se apenas parte dessa exposição.No final, com um gesto simpático, ofereceram os trabalhos realizados à escola.

domingo, 20 de maio de 2007

segunda-feira, 14 de maio de 2007

DIREITOS DO HOMEM-LIBERDADE DE EXPRESSÃO

SESSÃO A REALIZAR DIA 5 DE JUNHO, ÀS 17H
Com o intuito de promover um momento de convívio/ partilha sobre as temáticas "Direitos do Homem - Liberdade de Expressão" e "Intervenção Social na Actualidade", gostaríamos de contar com uma participação, ainda que breve (+/-5'), dos alunos, para dinamizarem actividades do seguinte tipo:
Ler expressivamente poemas/ textos;
Tocar música;
Dançar/ cantar (hip-hop);
Cantar músicas actualmente mais próxima da juventude.

Informamos também a comunidade escolar de que estão seleccionadas e disponíveis para consulta, na biblioteca, obras de alguns autores com textos escolhidos.
Contudo, esta selecção não invalida outras propostas.

INSCRIÇÕES NA BIBLIOTECA ATÉ DIA 30 DE MAIO 2007

sábado, 21 de abril de 2007

25 de Abril



Não há machado que corte
A raiz ao pensamento
Não há morte para o vento
Não há morte

Se ao morrer o coração
Morresse a luz que lhe é querida
Sem razão seria a vida
Sem razão

Nada apaga a luz que vive
No amor num pensamento
Porque é livre como o vento
Porque é livre

Carlos de Oliveira

A Liberdade

"Desejo tanto que respeitem a minha liberdade que sou incapaz de não respeitar a dos outros."

Françoise Sagan

sexta-feira, 20 de abril de 2007

"Leitura de imagem" na biblioteca


A convite da biblioteca, João Serra, fotógrafo recentemente galardoado com o prémio BES Revelação, esteve hoje na nossa escola para um debate com alunos de três turmas de 11º e 12º anos.

João Serra apresentou trabalhos do seu portfólio e o debate foi vivo à volta do tema proposto.
É de salientar, no seu trabalho, o cuidado formal com a composição e construção dos planos, os vestígios do que, dentro do enquadramento, nos remete para fora de campo, uma interioridade contida dentro de formas, que apesar de
possuírem texturas irregulares, diversas, têm uma estrutura exacta, ordenada…, isto é, um cem número de modos de ver, de conotações, que nos podem encaminhar para a chamada “obra aberta”.

segunda-feira, 2 de abril de 2007

Leituras de férias: escritores em viagem


Marco Polo- Viagens, Assírio e Alvim
Fernão Mendes Pinto- Peregrinação, P. Europa-América
Goethe- Viagem a Itália, Relógio d'Água
Jack London- Vagabundos Cruzando a Noite, Antígona
Robert-Louis Stevenson- Nos Mares do Sul, P. Europa-América
Bruce Chatwin- Na Patagónia, Quetzal Editores

sábado, 24 de março de 2007

A Europa 50 anos depois

A 25 de Março de 1957, seis países assinaram o Tratado de Roma, que instaurou a Comunidade Económica Europeia. Passado meio século, os 27 atravessam uma crise de confiança gerada pelo insucesso do projecto da Constituição.


O site
http://www.traitederome.fr/
enumera todas as comemorações e disponibiliza inúmeros documentos da época, relatos e esclarecimentos sobre o "acto fundador" da UE.

segunda-feira, 19 de março de 2007

"CASTELOS MEDIEVAIS"

Dia 19 de Março de 2002, os alunos do 7ºAno das turmas D,E e F, no âmbito da disciplina de Estudo Acompanhado, fizeram uma apresentação dos trabalhos realizados, no auditório José Saramago, alusiva ao tema "Castelos Medievais", seguida de uma exposição na nossa Biblioteca.
Esta actividade contou com a presença de muitos Encarregados de Educação e teve como responsável a Professora Lurdes Pereira.

sexta-feira, 2 de março de 2007

"ENCONTRO DE POVOS"


De 6 a 16 de Março visite, na Biblioteca, a exposição e mostra de parte do acervo bibliográfico subordinadas ao tema "Encontro de Povos"

PALESTRA
dia 6 de Março, às 17h, no Auditório José Saramago
Dra Lurdes Pereira e Dra Nazaré Oliveira

sábado, 17 de fevereiro de 2007

Columbano Bordalo Pinheiro 1874-1900



Exposição: 16.2 até 6.5

#
O Museu do Chiado assinala os 150 anos do nascimento de Columbano Bordalo Pinheiro com uma exposição que revisita a sua obra. Expoente do naturalismo oitocentista português, Columbano integrou o Grupo do Leão (de que faziam parte nomes como Silva Porto, José Malhoa e Rafael Bordalo Pinheiro) e celebrizou-se na pintura decorativa e no retrato.

Eduardo Nery - Galeria S. Mamede 8.2 a 8.3


Esta exposição de Eduardo Nery, composta por 25 pinturas sobre madeira e papel, apresenta uma série (2004-2006) que estabelece uma estreita relação com as suas pinturas dos anos 70 e com o numeroso e variado conjunto de experiências que desenvolveu no âmbito da Op Art internacional.

quarta-feira, 14 de fevereiro de 2007

Oficina de Escrita

Café
Doce
Tentação
Bolacha
Macio
Fofo


1ª Sessão: 13/12/2006

Setúbal, 6 de Dezembro de 2006

Querido diário,
Escrevo para recordar a primeira vez em que provei café… a minha eterna tentação.
Foi há muito tempo, quando ainda era pequenina. Tinha seis anos e a minha mãe deu-me a provar café. Foi um momento mágico em que percebi que aquele seria o meu eterno vício.
Lembro-me como se fosse hoje… Era tão ingénua, guiava-me pelo coração, com aquela inocência, própria da idade. Numa tarde de Inverno, estava eu de férias, sentada ao pé da lareira, a ler, quando a minha mãe chama por mim, com aquela voz calorosa e doce que ainda hoje relembro. ‘ Sofia, chega aqui! ‘, disse-me ela, lá do fundo da sala, e eu cheguei perto dela, sempre á espera de receber uns miminhos. Mas não, ela esperava-me com uma colherzinha de café, queria que eu o provasse. E eu provei. Era deliciosa aquela substância que eu desconhecia, era doce, era… uma tentação.
Passei, embora não o soubesse, a depender de alguma coisa. É claro que, enquanto criança não bebia café, não podia… mas, mais tarde, passei a bebê-lo muitas vezes. Se estava triste, bebia café, se estava feliz… também. Era um vício que eu não conseguia vencer… mas hoje encontrei uma explicação para isto, hoje sei o porquê da minha quase obsessão pelo café. É que o café traz-me memórias. Muitas memórias da minha infância, de todas as inesgotáveis tardes de Inverno em que a minha mãe esperava por mim, sempre com a colherzinha de café que nunca vou esquecer. Recordo aquela sala, tenuemente iluminada, a lareira, a cadeira de baloiço onde tantas vezes a minha mãe me embalou, a janela com vista para a praia…
É que as memórias são muito importantes, são as páginas já escritas do livro da nossa vida. E, no entanto, quase ninguém as tem… as pessoas vivem muito ocupadas com o seu dia-a-dia e esquecem…
Hoje, ainda bebo café, tal como na primeira vez. Aprendi a fazer um bolo de café e bolacha, é doce e fofo, é muito bom. Esse bolo, dou-o agora á minha filha, que tem seis anos. Uma vez por outra, chamo-a. E, quando ela chega, inocente, ao pé de mim, eu dou-lhe numa pequena colher com um bocadinho deste bolo que, certamente, ela sempre irá recordar.


2ª Sessão: 3/01/07

Querido diário,
Escrevo para recordar a primeira vez em que provei café… a minha eterna tentação.
Foi há muito tempo, quando ainda era pequenina. Tinha seis anos, e a minha mãe deu-me a provar café. Foi um momento mágico em que percebi que aquele seria o meu eterno vício. Lembro-me como se fosse hoje… Era tão ingénua! Guiava-me pelo coração, com aquela inocência própria da idade.
Numa tarde de Inverno, estava eu de férias, sentada ao pé da lareira, a ler, quando a minha mãe chamou por mim, com aquela voz calorosa e doce que ainda hoje relembro:- ‘ Sofia, chega aqui! ‘- disse-me ela, lá do fundo da sala. E eu cheguei perto dela, sempre à espera de receber uns miminhos. Mas não, ela esperava-me com uma colherzinha de café. Queria que eu o provasse. E eu provei. Era deliciosa aquela substância que eu desconhecia, era doce, era… uma tentação.
Passei, embora não o soubesse, a depender de alguma coisa. É claro que, enquanto criança, não bebia café, não podia, mas, mais tarde, passei a bebê-lo muitas vezes. Se estava triste, bebia café, se estava feliz… também. Era um vício que eu não conseguia vencer. Hoje, encontrei uma explicação para isto; hoje, sei o porquê da minha quase obsessão pelo café. É que o café me traz memórias. Muitas memórias da minha infância, de todas as inesgotáveis tardes de Inverno em que a minha mãe esperava por mim, sempre com a colherzinha de café que nunca vou esquecer. Recordo aquela sala, tenuemente iluminada, a lareira, a cadeira de baloiço, onde tantas vezes a minha mãe me embalou, a janela com vista para a praia…
É que as memórias são muito importantes, são as páginas já escritas do livro da nossa vida. No entanto, quase ninguém as tem… as pessoas vivem muito ocupadas com o seu dia-a-dia e esquecem…
Hoje, ainda bebo café, tal como da primeira vez. Aprendi a fazer um bolo de café e bolacha; é doce, fofo e muito bom. Agora, dou este bolo à minha filha, que tem seis anos. Uma vez por outra, chamo-a. E, quando ela chega, inocente, ao pé de mim, eu dou-lhe um pouquinho de café, numa pequena colher, gesto que ela sempre recordará.



Filipa Neves, 10º ano

terça-feira, 13 de fevereiro de 2007

Dia dos Namorados


Cheguei a casa há pouco e amanhã
celebrarei contigo pla primeira vez
esse dia que alguém convencionou
ser para os namorados: eu e tu,
dois seres quase sonâmbulos,
afogados em histórias mal cicatrizadas
que extravasam ao longo de conversas
plas estradas nocturnas por onde fugimos
da vida que nos dói: velhos amores
refulgindo na tua memória,
na minha fantasia que os volta a viver
em ti, por ti, como se também eu
ressentisse na pele o sabor desses beijos
esvaindo-se no tempo, que lhes toca,
ao de leve, com lábios de veludo,
e os arrasta num caudal de espectros
de vagas silhuetas, na penumbra
que foi a minha vida até chegar a ti.

Fernando Pinto do Amaral

in «Poemas de Amor» selecção de Inês Pedrosa, D. Quixote

quarta-feira, 7 de fevereiro de 2007

quarta-feira, 24 de janeiro de 2007

OFICINA DE ESCRITA CRIATIVA

Ainda um pouco estremunhadas, alunas e professora juntam-se, à quarta-feira, pelas nove horas, e iniciam o seu trabalho artesanal.

Ouvem uma composição musical, vêem a reprodução de uma obra pictórica, saboreiam o resultado de um acto culinário... Nasce a palavra e, então, esculpem as frases, burilam o texto.

É o prazer de ouvir, de ver, de saborear e de ESCREVER!


1ªSESSÃO: 27/09/06

A rapariga avançava, com passos suaves, melancólica e lentamente, pela areia fina do areal iluminado pelo luar. Olhava o mar com certa saudade, pois sabia que do outro lado estaria quem amava à espera de um beijo seu. Entretanto, ouvia a leve agitação daquele que o levara, para bem longe dela.

Sentou-se, então, refugiando-se nos seus pensamentos. Depois, olhando aquele mar cristalino e dourado pela lua, lamentou a sua constante saudade, imaginando como seria se pudesse voar livre como uma gaivota até junto dele. Lá chegada, pousaria sobre o seu colo terno, recebendo todo aquele carinho de que sentia falta, minuto após minuto.

Mas logo se apercebeu que afinal estava ali sentada, no escuro da

noite solitária. Então, descontente com aqueles sentimentos que pareciam querer impor-se à força, chorou longamente a sua tristeza e melancolia. As lágrimas frias corriam pela sua face macia e doce.

Mas o mar, antes sereno, tornou-se subitamente revoltado.


2ªSESSÃO: 04/10/06

O vento soprava violentamente, levantando a areia e fazendo-a rodopiar no ar.

Envolta em tão grande revolta, perguntou ao mar o porquê daquela partida, que lhe trazia tanta tristeza, tanta dor. Depois, perante aquele tumulto dentro de si, sentiu-se desvanecer, caindo sobre o chão como uma folha no Outono, leve e suave.

Fechando os olhos, viu, para sua grande surpresa, a imagem dele surgir no areal. Trazia na sua mão uma rosa vermelha, tão brilhante como a estrela mais reluzente do céu. O seu coração encheu-se de alegria. Ele avançava com aqueles passos tão calmos e decididos, que ela conhecia tão bem. Viu-lhe o sorriso no rosto e também ela sorriu. Subitamente, estava envolta nos seus braços, a sua saia sedosa rodopiando numa dança suave. Os pés moviam-se, rodando, ao som de uma melodia profunda e melancólica, tal como no conto de fadas de que ela tanto gostava. Sentia-se feliz naquele momento tão mágico.

Subitamente, aquela imagem desvaneceu-se na areia molhada pelas suas lágrimas. E afinal ela estava ali, deitada sobre a areia, apenas com uma rosa vermelha no seu peito.


3ª e 4ª SESSÕES: 11.10.2006 e 18.10.2006

A rapariga avançava melancolicamente, com passos suaves, ao longo da praia iluminada pelo luar. Olhava o mar com certa saudade, pois sabia que, do outro lado, estaria quem amava à espera de um beijo seu. Lamentosa, ouvia a leve agitação daquele que o levara para bem longe dela...

Sentou-se, então, refugiando-se nos seus pensamentos. Depois, olhando aquele mar cristalino e prateado, amargurava a sua saudade, imaginando como seria se pudesse voar livre como uma gaivota até junto dele. Lá chegada, pousaria sobre o seu colo terno, recebendo todo aquele carinho de que sentia falta, minuto após minuto.

Mas logo se apercebeu de que afinal estava ali sentada, no escuro da noite solitária. Então, infeliz com aqueles sentimentos que pareciam querer impor-se à força, chorou longamente a sua tristeza e melancolia. As lágrimas frias corriam pela sua face macia e doce.

Mas o mar, antes sereno, tornou-se subitamente revoltado. O vento soprava violentamente, levantando a areia e fazendo-a rodopiar no ar.

Envolta em tão grande revolta, perguntou ao mar o porquê daquela partida, que lhe trazia tanta tristeza, tanta dor! Depois, perante aquele tumulto interior, sentiu-se desvanecer, caindo sobre o chão como uma folha no Outono, leve e suave.

Fechando os olhos, viu, para sua grande surpresa, a imagem do seu amado surgir no areal. Trazia na sua mão uma rosa vermelha tão brilhante como a estrela mais reluzente do céu. O seu coração encheu-se de alegria. Ele avançava com aqueles passos tão calmos e decididos que ela conhecia tão bem. Viu-lhe o sorriso no rosto e também ela sorriu. Subitamente, estava envolta nos seus braços e a sua saia sedosa rodopiava numa dança suave. Os pés moviam-se, rodando, ao som de uma melodia profunda e melancólica, tal como no conto de fadas de que ela tanto gostava. Sentia-se feliz naquele momento tão mágico.

Subitamente, aquela imagem desvaneceu-se na areia molhada pelas suas lágrimas. Afinal ela estava ali, deitada sobre a areia, apenas com uma rosa vermelha no seu peito...

Texto produzido por Joana Polido e Sara Alves a partir da audição de "Nocturne in F minor" de Chopin