Luís Archer, padre jesuíta e pioneiro do estudo da investigação e estudo da genética molecular em Portugal, faleceu no passado sábado com 85 anos.
O interesse pela evolução do conhecimento científico e a capacidade crescente da tecnologia transformar a natureza faz com que se envolva em temas como a bioética, assumindo a presidência do Conselho Nacional de Ética para as Ciências da Vida entre 1996 e 2001.
Também escreveu vários livros, sendo o último em 2006 e intitulado, precisamente, “Da Genética à Bioética”.
Considerava que a tecnociência é “indispensável para o progresso das civilizações mas não se pode tornar um absoluto”, revelando uma preocupação em relação à corrente do trans-humanismo – a ideia de que o homem é uma máquina e que é possível aperfeiçoá-la. A este propósito, referiu: “O homem acabará com os sentimentos e os afectos e será reduzido a reacções químicas e a potenciais eléctrodos que podem ser inseridos no indivíduo. (…) É muito funda no ser humano [a ideia de] mecanizar, reduzir todo o fenómeno humano a equações, a química, fórmulas, traços”.
Com a sua morte desaparece um homem que acreditava que a ciência e a religião eram “dois mundos independentes, ainda que convergentes”, como citou Walter Osswald, à data conselheiro do Instituto de Bioética da Universidade Católica Portuguesa, numa crónica do PÚBLICO, quando Archer fez 80 anos:
“Sem impor coisa alguma, Luís Archer ensina, estimula, convoca a servir e a exaltar a humanidade”.
Para conhecer melhor o Professor Doutor Luís Archer:
http://www.publico.pt/Sociedade/o-padre-que-vestiu-a-bata-de-laboratorio_1515566
O interesse pela evolução do conhecimento científico e a capacidade crescente da tecnologia transformar a natureza faz com que se envolva em temas como a bioética, assumindo a presidência do Conselho Nacional de Ética para as Ciências da Vida entre 1996 e 2001.
Também escreveu vários livros, sendo o último em 2006 e intitulado, precisamente, “Da Genética à Bioética”.
Considerava que a tecnociência é “indispensável para o progresso das civilizações mas não se pode tornar um absoluto”, revelando uma preocupação em relação à corrente do trans-humanismo – a ideia de que o homem é uma máquina e que é possível aperfeiçoá-la. A este propósito, referiu: “O homem acabará com os sentimentos e os afectos e será reduzido a reacções químicas e a potenciais eléctrodos que podem ser inseridos no indivíduo. (…) É muito funda no ser humano [a ideia de] mecanizar, reduzir todo o fenómeno humano a equações, a química, fórmulas, traços”.
Com a sua morte desaparece um homem que acreditava que a ciência e a religião eram “dois mundos independentes, ainda que convergentes”, como citou Walter Osswald, à data conselheiro do Instituto de Bioética da Universidade Católica Portuguesa, numa crónica do PÚBLICO, quando Archer fez 80 anos:
“Sem impor coisa alguma, Luís Archer ensina, estimula, convoca a servir e a exaltar a humanidade”.
Para conhecer melhor o Professor Doutor Luís Archer:
http://www.publico.pt/Sociedade/o-padre-que-vestiu-a-bata-de-laboratorio_1515566
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