quinta-feira, 7 de maio de 2009

UM LIVRO DA NOSSA BIBLIOTECA

A nossa Biblioteca adquiriu sete pequenos livros, cada um com DVD, sobre o tema PORTUGAL, UM RETRATO SOCIAL, da autoria de António Barreto e Joana Pontes, editados pelo jornal PÚBLICO/RTP.
Como o autor refere, o que se mostra nesta obra é o retrato da sociedade portuguesa dos últimos 30 ou 40 anos, “um retrato de grupo: dos portugueses e dos estrangeiros que vivem connosco”
A título de exemplo, vejamos o livro 04 – uma sociedade plural: muito interessante a característica multicultural do nosso país, desde sempre mas, particularmente a partir dos anos 70, conforme é referido.
Portugal reforça a sua pluralidade e convivialidade com o outro, característica intrínseca e historicamente marcada desde o início do nosso encontro ancestral com diferentes etnias e diferentes religiões, particularmente a partir do século XV e reforçada, mais tarde com a vertente colonialista do Estado Novo, acentuada pela emigração e, depois, pela nossa integração na UE – União Europeia.
António Barreto diz, a propósito, “que o Estado português fez a nação portuguesa”.
Ora fazendo a assimilação ora fazendo, também, a expulsão (árabes, judeus, etc.), Portugal reforça, deste modo, a homogeneidade. “Os diferentes grupos étnicos foram-se fundindo com o tempo (…) foram-se esbatendo e assimilando. À diversidade de origem foi-se impondo essa homogeneidade de Estado, de nacionalidade, de cultura”.
O texto daqueles autores prima sempre pela clara contextualização histórica, acentuando a perspectiva sociológica.
Um exemplo disso é a referência às comunidades de estrangeiros que residem actualmente no nosso país: a maior é a dos brasileiros, seguida da dos ucranianos e depois os cabo-verdianos.
“Ao contrário do que se passava até aos anos 60, hoje, em Portugal (…) ouve-se falar todas as línguas (…)” em todo o lado.
Portugal está diferente. Ainda bem. E é bom que essa diferença seja sempre vista como uma mais valia para o progresso e o desenvolvimento do nosso país pois, sem pluralismo não há democracia.
E a democracia também se conquista (ou se perde).

Maria Nazaré Oliveira

Sem comentários: