A Biblioteca foi sempre, para mim, um local mágico! Um mundo sempre à minha espera, colorido, tranquilo, enigmático, surpreendente, que exploro com a alegria e a vontade de saber como se fosse a primeira vez! Sempre uma descoberta! E o prazer de a fazer!
Procuro livros, autores, temas, gravuras, mapas, ideias, críticas, gentes, lugares, histórias, vidas, o sonho, o ontem, o hoje... procuro o ser e o sentir, procuro o olhar, toco, sou tocada, sorrio...aprendo.
Parto para um encontro, que em encontros se revela, e perco-me nas estantes sustidas pelo tempo.
Pelo tempo da História e pela História dos Tempos.
Um livro, dois livros, este e aquele pormenor, uma opinião, uma crítica histórica ou literária, uma crónica do século XV, um testemunho da Segunda Guerra Mundial, um quadro de Kandinsky, ou de Monet, ou uma catedral gótica, ou uma iluminura medieval, um artigo de imprensa, um soneto de Camões, versos de Guerra Junqueiro, fotografias da África colonial… Cartografia…Biologia…Literatura inglesa, francesa… A sedução da procura de conhecimento animada pelo gosto em saber!
Tanta coisa! Tão fácil! Tão perto de mim!
Por exemplo: numa antiga revista portuguesa – Revista dos Lyceus - , 2º ano, 1892/93, encontrei um curiosíssimo apontamento sobre a importância do estudo de litteratura, página 342, no qual se cita Cícero, Lefranc, entre outros.
O primeiro diz que as Boas lettras dão-nos alento na adolescência, suavisam a vida na velhice, e adornam a existência nas prosperidades; são-nos allivio e consolação nas adversidades; recreiam-nos em casa; pernoitam comnosco; acompanham-nos em viagem, e assistem-nos em o campo (…); o segundo, Lefranc, refere que a Litteratura ennobrece e pule o espírito, orna a memoria e aperfeiçoa o gosto; forma o coração; desenvolve as faculdades intellectuaes, e se torna para o homem fonte dos mais doces prazeres. Presta auxílio ás sciencias abstratas e philosophicas, e ás verdades mais sensíveis; e o philosopho e o sábio, se quizerem ser bem sucedidos, devem ser ao mesmo tempo homens de Lettras (…).
Faz-nos bem, digo eu!
Maria Nazaré Oliveira
domingo, 29 de março de 2009
Concurso Ler+
Dia 27 de Março decorreu na Biblioteca Municipal de Alcochete a 2ª prova do concurso Ler+.
Da 1ª prova, realizada no 1º período na nossa escola, foram apurados a Ecatarina Ursu, o Fábio Silva e o João Safara, alunos do 8ºano, que agora aqui tão bem nos representaram.
As obras seleccionadas pelo Júri da Fase Distrital foram O Mundo em que Vivi de Ilse Losa e Em Nome do Amor de Meg Rosoff.
sábado, 21 de março de 2009
DIA MUNDIAL DA POESIA
AURORA BOREAL
Tenho quarenta janelas
nas paredes do meu quarto.
Sem vidros nem bambinelas
posso ver através delas
o mundo em que me reparto.
Por uma entra a luz do Sol,
por outra …
Com este poema de António Gedeão se iniciaram as sessões de poesia que durante o dia 20 de Março decorreram na nossa biblioteca: Poesia dita, cantada, escrita e desenhada por turmas de 8ºs e 10ºs anos.
Aqui ficam alguns registos.
quarta-feira, 11 de março de 2009
2 - DARWIN 200 ANOS DEPOIS…
Um dos sites mais interessantes sobre Darwin, foi desenvolvido pela Open University, do Reino Unido.
Darwin
http://www.open.ac.uk/darwin/index.php
Através do site poderás descobrir a vida de Darwin, os seus estudos e o impacto da sua obra, desde a época de sua publicação até aos dias de hoje, acompanhados por vídeos e outros recursos.
Darwin
http://www.open.ac.uk/darwin/index.php
Através do site poderás descobrir a vida de Darwin, os seus estudos e o impacto da sua obra, desde a época de sua publicação até aos dias de hoje, acompanhados por vídeos e outros recursos.
domingo, 8 de março de 2009
DIA INTERNACIONAL DA MULHER
Visita na nossa Biblioteca a EXPOSIÇÃO de homenagem à MULHER.
Estas Mulheres, sobre as quais alunos, encarregados de educação e professores escreveram, não são conhecidas mundialmente, não se celebrizaram em nenhuma acção política ou de grande vulto. Mas, pela sua determinação, coragem e dedicação, elas são grandes vultos da nossa vida. Elas marcaram – e marcam – a nossa história pessoal e colectiva, estão entre nós, cruzam-se connosco na rua, dão-nos a mão no dia-a-dia e fazem, tanto como as outras, o mundo girar. São, para nós, exemplos a seguir. São figuras imprescindíveis de uma ribalta oculta.
sexta-feira, 6 de março de 2009
UM LIVRO DA NOSSA BIBLIOTECA
Os autores do livro, O CONFRONTO DO OLHAR, de uma forma muito interessante, levam-nos nesta viagem de descoberta das cores, sons e cheiros, ao encontro dos povos com os quais os portugueses contactaram ao longo da sua odisseia marítima quinhentista: africanos, asiáticos e ameríndios. Numa escrita rigorosa, sob o ponto de vista histórico, articulam magnificamente os seus textos explicativos com excertos de grandes obras históricas, por exemplo, a “Carta” de Pêro Vaz de Caminha, e outros documentos, fazendo-o de uma forma empolgante, despretensiosa e com sentido crítico.
Levam-nos até lá e integram-nos nesse encontro. Olhamos e somos olhados. Retratamos e percepcionamos toda uma realidade cultural e civilizacional diferente da nossa, enriquecedora, gratificante, ás vezes assustadora, sobretudo quando estamos perante determinadas práticas, como por exemplo, a antropofagia, rituais religiosos ou outras. Como referem os autores, o que conta é o Homem, como se soubéssemos o que é o Homem, justamente num momento como o que vivemos, de uma sociedade profundamente desumanizada., Consideram que esse encontro foi, por isso, marcado por uma certa ambiguidade, uma vez que a alteridade humana é simultaneamente revelada e recusada.
Para quem gosta de História mas, sobretudo, para quem gosta de esclarecer dúvidas sobre particularidades daquele encontro de povos e de culturas, que os livros nem sempre revelam ou explicam, recomendo este livro.
Maria Nazaré Oliveira
O Confronto do Olhar (1991) de Luís de Albuquerque, António L. Ferronha, José da S. Horta e Rui Loureiro, ed. Caminho.
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