Há livros que nunca esquecemos, que perduram na memória como referências para toda a vida. Ler um bom livro é um acto singular, que nos desperta um sem número de sensações, nos aviva sentimentos e que muitas vezes nos faz identificar com o autor, partilhando com ele as mais variadas emoções. |
PAULO FEYTOR PINTO
(Presidente da Associação de Professores de Português)
Enciclopédia Focus
Os quatro volumes que constituem a Enciclopédia Focus, editada pela Livraria Sá da Costa entre 1964 e 1968, foram livros que me acompanharam durante toda a minha infância. A eles recorria para esclarecer dúvidas pontuais do quotidiano familiar e/ou escolar, mas também, por vezes, dedicava algumas horas a ler umas quantas páginas seguidas (quase como quem lê a lista telefónica).
O Meu Pé de Laranja Lima, de José Mauro de Vasconcelos
Este clássico da literatura infanto-juvenil brasileira foi o primeiro romance que li na íntegra. Na verdade, não fui eu que o li, mas sim a minha mãe, em voz alta, para todos os cinco filhos sentados, deitados, encostados à sua volta, na cama. Todos chorámos "baba e ranho" ao ouvir a histórias do Zezé e do seu Manuel Valadares, o portuga taxista.
Cada Homem é uma Raça, de Mia Couto
Este livro de contos constituiu para mim um reencontro com Moçambique e a descoberta de uma nova língua portuguesa, livre, plástica, inovadora, só possível num escritor que conheça bem as regras da língua-padrão e que, ao mesmo tempo, se consiga delas distanciar. Este livro tornou-se numa entrada no mundo das outras literaturas lusófonas e do realismo fantástico.
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