... (continuação)
ADIVINHAS DE PEDRO E INÊS é o meu livro preferido de Agustina Bessa Luís: pela estranha escrita, pela estrutura em espiral da narrativa, pela tese sobre a verdadeira história de Pedro, Inês e Constança, que me parece a única a fazer sentido à luz da realidade da época.
Uma grande riqueza de informações não será um dos menores encantos deste livro.
A ILUSTRE CASA DE RAMIRES, de Eça de Queirós, é, para mim, a mais interessante narrativa de um autor que adoro: é perfeita na construção, deliciosa na lucidez, magnífica na linguagem, profunda na descrição das pessoas… Gonçalo Mendes Ramires é o último varão de uma linhagem ilustre e mais antiga que o Reino de Portugal, entroncada num distante Rei Suevo. Vive à sombra da Torre Dos Ramires, relíquia do poder medieval dos Ramires de outrora, e a sua figura constitui um retrato admirável, tocante e consistente de um ser humano em todas as suas contradições e riqueza, envolvido numa teia de acontecimentos muito bem entretecida na realidade político-social do sec. XIX.
NOME DE TOUREIRO, de Luís Sepúlveda, é profundo, sentido e de uma verdade dolorosa, colocando-nos no meio do sofrimento causado pela ditadura particularmente feroz de Pinochet: é uma história de amor e fidelidade, de traição e iniquidade, de amizade e constância, mas também de grandeza e ideal.
VAI E NÃO VOLTES TÃO DEPRESSA, de Fred Vargas, pertence a um género que muito aprecio: o policial. Neste caso, é um policial erudito, com citações em latim e muitos conhecimentos de História, tendo como herói um antigo capitão de navio bretão, que, por causas várias, resolve retomar a profissão do avô e ganhar a vida como pregoeiro em Paris.
A sua caixinha de anúncios reserva algumas surpresas pouco simpáticas… E o desenrolar da história causará surpresas até à última página, talvez mesmo até à última linha. Na realidade, nada nem ninguém é o que parece!...
1 comentário:
liiiiiiiii.....
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