quinta-feira, 19 de maio de 2011

Ode Triunfal, à maneira de Álvaro de Campos



Ó cidades poluídas, governo corrupto, mentalidade capitalista e individualista
Pudera eu mudar o Mundo e veriam como o transformaria.
Findavam as injustiças, as listas de espera e a podridão social que por aí se alastra
Dá náuseas este país assim parado e sem nada evoluir
Lá fora, tudo se cria, tudo nasce, tudo acontece
Aqui, pelo contrário, tudo se perde, tudo morre, nada se renova.
Há que abrir as portas, bem abertas, ao desenvolvimento, à evolução, à transfiguração, que é disso que este país precisa!
E no fundo, é o que todos nós ansiamos e procuramos
Ser inovadores, descobridores, criadores e revolucionários…
Escavar um buraco e lá enterrar todos os males desta sociedade.

É na saúde, é na educação, é na cultura e na política
A crise alastrou aos mais diversos domínios
E os que com ela sofrem? Ah, esses são sempre os mesmos!
O povo, os pequenos, que sem nenhuma culpa, arrecada as consequências mais dolorosas, das acções desta minoria corrupta e deteriorada, corrompida e estragada
A que chamam de Governo!
Que a esses, que ricos nascem e ricos permanecem, a crise não afecta
Nem nunca vai incomodar, porque a escassez e a carência de estruturas, de capital, de mecanismos, de instituições, de empregos e serviços…
Fica reservada para aqueles que lhe têm direito.

É justo? Há justiça? Igualdade? Só para uma minoria. A minoria que por ela pode pagar.
O que fizeram à beleza e eficácia do Direito, da Justiça e da Segurança?
À paz social, à harmonia, à igualdade e à honestidade?
Andam por aí perdidas, camufladas, esquecidas…
E é isto, é por isto que temos que lutar, que revolucionar e com muita força desejar
Uma sociedade verdadeiramente democrática, onde todos possamos viver e desfrutar do que este maravilhoso Mundo nos oferece e propicia.

Eu acredito. Adormeço a acreditar e de igual maneira todas as manhãs acordo
Mas ai, tristeza frustrante que por vezes esmaga estes meus desejos e vontades…
Pudera eu ser uma máquina perfeita, com um motor refulgente
A mais alta tecnologia para pôr este país a funcionar!
Ana

1 comentário:

Josete Perdigão disse...

Este poema ou tentativa poética é excelente e pertence à aluna Ana Rita Ratão do 12º E !